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quinta-feira, abril 28, 2005


2º Encontro Nacional de Weblogs
Na Universidade da Beira Interior
em 14 e 15 de Outubro
2encblog

Mais informações: AQUI.

sexta-feira, setembro 26, 2003


No mail do blog recebemos também esta mensagem:

Caros colegas que escrevem em páginas na internet,

Vejo com uma certa preocupação alguns dos textos que andam a circular na comunidade dos weblogs/blogoesfera que sugerem que estarei, dada a natureza de alguns dos meus escritos na fanzine Cafeína (www.cafeina.org) e no meu weblog (www.asseptic.org/blog/), a defender uma espécie de 'apartheid' entre os 'blogs' pré-Abrupto e os 'blogues' pós-Abrupto. Não compreendo. Tal noção
é ridícula. Onde colocar a linha? No aparecimento do Abrupto, ou no aparecimento d'A Coluna Infame? Deverá existir uma 'terceira geração' pós-Mentiroso? Ou terá tudo começado a correr mal muito antes, quando o Miguel Esteves Cardoso começou a escrever as suas Pastilhas e a participar activamente no Metafilter? Tais interpretações são absurdas. Quem ler com mais atenção os meus artigos irá reparar que são críticas - sim, duras e cínicas críticas - ao mediatismo e à óbvia (e sempre inevitável) deficiência
do tratamento mediático do fenómeno dos weblogs, e ao modo como uns fazem questão de tirar partido do mediatismo. Mas entendam-me! Não existe qualquer
diferença entre isto e aquilo que acontece por exemplo no cinema ou na música. Todos conhecemos bandas mediáticas que achamos uma porcaria, todos conhecemos o mau 'blockbuster', todos conhecemos uma cantora ou um
realizador pouco conhecido que achamos que deviam estar na MTV ou no multiplex da zona, em vez dos (por exemplo) Limp Bizkit ou de mais um filme produzido pelo Jerry Bruckheimer.

E precisamente para não ferir susceptibilidades, pensei que seria melhor focar a minha crítica de weblogs sobre comportamentos e tendências, em vez de escolher um weblog para criticar, dar uma nota de um a cinco, e
eventualmente fazer um painel de weblogs com outros críticos, estilo os painéis de cinema dos jornais. Infelizmente parece que ainda feri mais susceptibilidades assim, e a 'guerra' foi inevitável. Durante o passado
fim-de-semana, um artigo colocado no Cafeína categorizado no tópico 'Weblogs' (que ao contrário do que muitos deram a entender conta apenas com 1 em cada 60 artigos) conseguiu um número recorde de comentários, muitos
negativos, e infelizmente poucos construtivos. Alguns dos comentadores desceram ao mais baixo nível do insulto e do cinismo deselegante, e o meu weblog também recebeu alguns comentários deste género. Cometi então um erro
infeliz, fruto do anonimato, de insultos esporádicos já recebidos anteriormente, e do meu desconhecimento da política de um determinado ISP, do qual pedi desculpa publicamente, só para continuar a ser 'massacrado' por
gente que revelou interpretações deficientes do que eu disse - para não dizer falta de vontade em interpretar correctamente. E como acredito que por vezes haja quem goste de projectar as suas debilidades nos outros, aí
estavam as acusações de 'inveja' e de 'falta de talento', perpretadas por indivíduos que por qualquer razão que me escapa continuam a visitar os meus sites. Mas como diz uma pessoa muito sábia: "quem se quer meter contigo nem
calçares uma peúga do avesso te perdoa".

O facto é que cheguei à página do Encontro de Weblogs porque alguém colocou um comentário no meu weblog utilizando o termo "toma!". Mas não vejo nesta página nenhum texto com que discorde absolutamente, nem nenhum texto que seja uma grande derrota pessoal. É a minha opinião que são estes os comportamentos (dos comentadores) que efectivamente estão a 'balcanizar' a
'blogoesfera' (assumo que nunca gostei desta palavra). São as interpretações apressadas e alguns ódios incompreensíveis (eu não odeio ninguém) que
efectivamente nos tentam dividir! É verdade (e assumo-o) que não vejo grande propósito nestes Encontros de Weblogs porque sempre olhei para os weblogs como um meio informal (quantas vezes não usei a expressão 'hobby
irrelevante'?), portanto, para quê formalizar? Mas por outro lado, sou adepto da pesquisa científica sobre este meio, e tive todo o gosto em colaborar com o inquérito que a organização do Encontro efectuou há algumas semanas. E é ainda a minha opinião que os weblogs deveriam ser uma espécie de 'zona franca' da liberdade de expressão, em que coisas como os direitos de autor deveriam fazer parte de uma ética e não de uma lei, e em que o público deveria ser educado para as ressalvas a ter neste meio. Assusta-me portanto, a palavra 'regulamentação', lida nalguma comunicação social referido-se à agenda do encontro, e o uso anexo de palavras como 'unanimidade'. Porque os weblogs são diversos, e esta diversidade deve ser
preservada sem que uns se tornem inimigos dos outros. Estou convencido que o factor 'moda' irá acabar com muitos weblogs, mas no entanto outros surgirão.
Muitos partirão do Blogspot rumo a um maior controlo e personalização, outros publicarão livros, outros transformarão os seus weblogs em sites de
outra natureza. Espero pela evolução, e que uma regulamentação nunca venha asfixiar o fenómeno. Diria isto o defensor de um 'apartheid'?

Os meus cumprimentos,

Eduardo J M de Sousa

quarta-feira, setembro 24, 2003


No mail do blog veio desaguar esta leitura da blogosfera, feita por alguém que gostaria de ter estado em Braga, mas que, por motivos profissionais e pessoais, não pôde:

"Ao contrario do que se quer fazer crer desde o aparecimento nos media do
abrupto, a blogosfera nacional existe ha varios anos, sendo que para mim, um
blog, é mais do que um texto, chega mesmo a ser uma concepção artistica, e
uma apresentação grafica através do webdesign. Um "blogspot user" limita-se
a utilizar meia duzia de ferramentas que lhe são postas à disposição para
"postar" os seus textos, um blogger faz mais do que isso, além do texto que
elabora, trabalha também a parte gráfica e a relação entre a mesma e o
texto... de forma a que o site seja mais do que um texto... o site é aquilo
que ele deseja que ele seja.. é a sua expressividade criativa ao máximo...

Entristece-me quando se fala de Blogs portugueses não ser referido um unico
com mais de um ano, não ser referido um unico em que o seu writer também
escreve o codigo por trás da página, faz-me lembrar um texto do Dr Bakali
que referia a diferença entre um site na internet e um ficheiro .txt (desde
a forma como é concebido até às caracteristicas graficas possiveis)

Numa versão optimista espero que a suposta comunidade blogger nacional
acorde para o facto de existirem muitos bloggers que já cá andavam antes do
blogspot e antes da comunicação social (com a qual devo dizer me sinto
tremendamente envergonhado, pela cobertura defeituosa que fazem sobre o
assunto), e que fazem pela comunidade bastante mais do que aqueles que
encaram isto como uma moda... e que se consigam consiliar as duas
comunidades bloggers em portugal... a dos "blogspot users" com a outra que
já existia e comunica entre si ha alguns anos...

Desde o abrupto quantos blogs apareceram? e antes? e que conteudos efectivos
contêm cada um deles? porque a comunidade não se deve preocupar com numeros
mas também com a qualidade desses mesmos numeros.. e com a continuidade de
existencia desses numeros..

Numa versão pessimista espero que a moda passe depressa e que todagente se
esqueça do que é um blog, para que se possa voltar a existir sossegado.

Preocupadamente
Frederico Wiborg Ferreira"

sábado, setembro 20, 2003


O Encontro sobre Weblogs em três jornais

JN: Blogosfera chamada a reflectir , de Maria Cláudia Monteiro
Público: Jornalistas Terão Que Ser Mais "Polivalentes", de Isabel Freire
DN: O mito da democracia electrónica, de Fernando Madaíl.

sexta-feira, setembro 19, 2003


Porque é que os weblogs não são uma moda

Porque é que os weblogs não são uma moda e como poderemos dar-lhes novo impulso
(Guião da intervenção de Jose Luis Orihuela no Encontro de Weblogs):

1. Blogging, Self Media, Nanopublishing ou Thin Media são novas designações para a estratégia dos utilizadores que decidem tornar-se ainda mais activos e iniciar actividades mediáticas de low profile.

2. Blogs de nicho blogs especializados constituem o desenvolvimento natural do colunismo dos media tradicionais, com a vantagem da liberdade face às agendas de outrem, no que diz respeito a temas e frequência.

3. Quando às mesmas pessoas se pede que tenham capacidades nas áreas da apresentação e do conteúdo então: templates de sucesso / blogs com excelente apresentação mas sem conteúdo / conteúdo sólido mas apresentação pobre / algumas pérolas de conteúdo e grafismo que se tornarão, mais tarde ou mais cedo, em blogs de culto.

4. O que perdemos na passagem da periodicidade para o tempo real foi o espaço de reflexão. Ganhámos em dinamismo e cversação. Na blogosfera ficamos a saber mais sobre actualização e correcção de posts.

5. Partilha de conteúdos / agregadores de notícias / leitores /listagens de popularidade / recomendações de leitura / directórios com os mais acedidos / vizinhanças / cadeias de blogs / blogosferas temáticas e geográficas / blogtracking e blogrolling / são apenas algumas das ferramentas desenvolvidas pela comunidade dos bloggers para gerir o caos de abundância.

6. A natureza da web e dos weblogs resulta em publicação à escala mundial sem editores, mas ancorada num processo diário de ‘revisão pelos pares’ e de comentários de leitores. Disso resulta que a agenda de temas relevantes ultrapassa largamente o terreno comum dos media tradicionais, sendo partilhada com uma vasta variedade de novas fontes, muitas delas externas aos media.

7. Acesso significa procura, pesquisa, navegação, surf, decisão: uma atitude activa, uma vontade de ligar e de comunicar; o contrário da recepção passiva do conteúdo dos media. “As minhas visitas diárias” ou simplesmente a lista de blogs são expressões desta via pessoal de procurar conteúdos.

8. A blogosfera representa a mais consistente representação das capacidades interactivas do novo cenário da e-comunicação, dado que assenta nas dimensões de comunidade e conversação.

9. Os caminhos dos info-espaços são construídos sobre links. A criação e activação de links nos websites e nos blogs poderia tornar-se o novo nome para a alfabetização. Ler e escrever através dos processos de ‘linkagem’ constitui a competência mais estratégica que os bloggers estão a realizar.

10. Mesmo quando é altamente auto-referencial, a blogosfera constitui uma comunidade global meritocrática, com as suas hierarquias, rankings e códigos, realizando uma conversação multilateral transnacional, gerando uma espécie de conteúdo peer reviewd, veloz e amplamente disseminado, e assim se tornando uma das mais relevantes fábricas de conhecimento dos nossos dias.

Ideias para impulsionar a blogsfera portuguesa: O enfoque correcto não consiste em adaptar-se mais ou menos eficazmente à mudança tecnológica, mas em estar na origem da própria da mudança

1) Mais directórios e actualizados

2) Mais blogtracking e ranking

3) Weblogs comunitários em português, espanhol e inglês

4) Adoptar o que teve êxito

5) Aproveitar as sinergias




Algumas notas breves:

- As duas intervenções iniciais foram um excelente momento para pensar a blogosfera num mapa mais largo de questões que ela coloca. Quando nos encontramos no meio da floresta, só vemos árvores. Para ver a floresta, é necessário distância e altura. Há quem só goste de ver a floresta. Há quem não goste ou não possa sair do meio das árvores.

- Da intervenção do Jose Luís Orihuela, resumida numa síntese disponível em português (e já aqui referenciada pelo Fernando Zamith - obrigado Fernando!), ficou-me a metáfora da cerveja. Quando Gutemberg "inventou" a imprensa, os monges copistas, numa primeira fase, entraram em crise de identidade, mas depois da fase depressiva, dedicaram-se a fabricar cerveja (de que nos chegaram algumas das melhores marcas). A nova "invenção" gutemberguiana seria esta possibilidade de de publicação e edição virtualimente diponibilizada de forma fácil a toda a gente, aberta pela web e, em especial, pela ideia subjacente aos blogs. A "cerveja" seria aquilo que os jornalistas teriam agora que inventar; ou seja, a redefinição do papel e lugar do jornalismo num novo quadro em que cada pessoa ou grupo também pode ser fonte e autora da sua própria palavra, da sua própria voz;

- da intervenção do António Granado, anoto apenas um ponto que tempera e complementa a provocação de Orihuela: o acesso à Internet ainda é um fenómeno de info-ricos, o que ainda é mais verdade para o âmbito da blogosfera (ao contrário do que poderia fazer supor uma notícia breve do Público de ontem, que dizia que em Portugal o acesso à Internet tem 6.158 milhões de clientes).

- o encontro Blogs & Beers foi um excelente momento de encontro descontraído, numa esplanada sossegada do centro de Braga: deu para aquelas conversas que os ambientes um pouco mais formais dos encontros não dá. Foram feitas fotos que brevemente começarão a circular.

- As más notícias: o Abrupto comunicou ontem que não vem, por impossibilidade de agenda de José Pacheco Pereira; o representante do Blog de Esquerda teve um problema de saúde; o Íntima Fracção está igualmente impossibilitado, por questões de ordem pessoal. Mas vem o Aveiro-Lisboa e estão todos os outros.

- Obrigado ao Ànimo pela animação e pelo incentivo.
- Sobre a pergunta do porquê de haver uma taxa de inscrição para este encontro, sugiro que tente organizar (ou co-organizar) o segundo encontro.


quinta-feira, setembro 18, 2003


Os blogs chegam à primeira página (do JN)



quarta-feira, setembro 17, 2003


Indicações para a viagem de carro

Para quem vem de carro pela A3 (Porto-Valença) e pretende dirigir-se para a Universidade do Minho, deve sair em Celeirós- Braga Sul. Passando a portagem, segue até encontrar a direcção "Braga Sul". Sai nessa direcção e encontra, depois, "Braga Este", direcção que deverá tomar. Tem ainda cerca de três km pela frente. Passa o hiper Carrefour e um km à frente vira à direita. Começa a encontrar as placas com a indicação da Universidade do Minho. O ideal é encontrar um sítio para estacionar nas redondezas. No portal Braga.com encontra um mapa da zona da UM (e da cidade).


Ainda há espaço para mais bloggers no Encontro

Como seria de esperar, há mais pessoas interessadas em fazer blogs do que em reflectir sobre a blogosfera e a sua relação com a sociedade. Por isso, e apesar do muito interesse que a iniciativa do Encontro despertou e continua a despertar (designadamente nos media), há ainda espaço para os retardatários ou para os "trabalhadores da última hora".
Os organizadores do encontro decidiram manter até ao fim as taxas iniciais de inscrição e com redução de 50 por cento para estudantes, uma vez que o seu sentido já não se justificava.
Em todo o caso, para os que não acham útil participar ou, por qualquer razão, não podem, este espaço poderá ser uma via de manter os bloggers e outros interessados a par do que for passando.
No espaço do Encontro haverá terminais com acesso à net para os que quiserem "postar".



PROGRAMA DO ENCONTRO
I Encontro Nacional sobre Weblogs
Universidade do Minho, 18 e 19 de Setembro de 2003

Dia 18 de Setembro

17.30 h Abertura do secretariado e recepção dos participantes
18.00 h Abertura e sessão de boas-vindas
18.15 h Intervenções:
*Panorama da blogosfera em Portugal, por António Granado (Ponto Media)
*Panorama espanhol e europeu da blogosfera, por Jose Luis Orihuela (e-Cuaderno).
19.45 h Suspensão dos trabalhos

Dia 19 de Setembro

09.30 h 1º Painel - Weblogs, cidadania e participação
*Abrupto
*Blog de Esquerda
*Socioblogue
11.00 h Intervalo
11.30 h 2º Painel - Weblogs, ensino, aprendizagem e investigação
*Aula de Jornalismo
*Gente Jovem
*JornalismoPortoNet
*Teoria da Comunicação
13.00 h Intervalo para almoço
14.30 h 3º Painel - Weblogs, jornalismo e comunicação
*Contrafactos e Argumentos
*Íntima Fracção
*Jornalismo Digital
16.30h Intervalo
16.45 h Sessão final: Weblogs e sociedade - Horizontes da blogosfera
*Todos os participantes
18.00 h Encerramento dos trabalhos.


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